segunda-feira, 18 de abril de 2016

Inauguração do "Espaço Vida" em São Gonçalo

Visando ampliar a rede de cuidados dos portadores de HIV/Aids, a Prefeitura Municipal de São Gonçalo inaugurou no dia 11 de abril de 2016 o Espaço Vida.
Será uma referência específica para atendimento hospitalar com enfermarias destinadas a pacientes com casos graves de DST/Aids.
Somente em 2015,  foram diagnosticados 300 novos casos da doença nos atendimentos ambulatoriais realizados na Clínica Municipal Gonçalense do Barro Vermelho e no Pólo Sanitário Hélio Cruz.

O Espaço Vida fica no Complexo Luiz Palmier, no bairro Zé Garoto.


Esta unidade de saúde é uma conquista da população e das entidades em defesa dos pacientes com HIV/AIDS como a CAAAIDS e a Pastoral da Aids - Paróquia São Pedro de Alcântara - São Gonçalo que a anos tem lutado por este espaço de atendimento aos soropositivos.














54ª Assembleia Geral da CNBB: Pastoral da Aids testemunha presença da Igreja no enfrentamento da epidemia


Durante 54ª Assembleia Geral da CNBB, coordenação da Pastoral apresentou trabalhos e projetos
Fonte: WWW.CNBB.ORG.BR.PASTORAL DA AIDS/54AG DA CNBB,



O bispo da diocese de Goiás (GO), dom Eugênio Rixen, apresentou o trabalho da Pastoral da Aids, da qual é referencial, aos participantes da 54ª Assembleia Geral da Conferência Nacional da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que aconteceu entre os dias 06 e 15 de abril, em Aparecida (SP). O assessor nacional, frei Luiz Carlos Lunardi, e o secretário executivo da Pastoral, frei José Bernardi, explicaram como se dá a “presença da Igreja no enfrentamento da epidemia”, por meio da atuação da Pastoral.
Na ocasião, foi lembrada a menção à Pastoral da Aids no Documento de Aparecida, publicado pelo Conselho Episcopal Latino-Americano, após o encontro de 2007. A indicação de fomento do serviço pastoral às pessoas com HIV/Aids “confirmou o trabalho que a Pastoral vinha desenvolvendo desde 2002”.
Durante a exposição, houve a recordação do trabalho. A “caminhada pastoral” remete ao início da epidemia da doença na década de 1980, época em que a Igreja já estava presente na vida das pessoas que foram infectadas.
Falaram da articulação com a CNBB e as Pastorais Sociais, com o estabelecimento de uma “comissão técnico científica” dentro da Pastoral da Saúde que tratou do tema. Neste período, houve a indicação de dom Eugênio Rixen para o acompanhamento da Pastoral, que foi criada em fevereiro de 2002.
A espiritualidade do serviço da Pastoral da Aids, de acordo com a coordenação nacional, está baseada nas passagens da parábola do bom samaritano e da cura do cego Bartimeu. “A Pastoral da Aids procura combater as forças que sufocam, escondem, deixam na clandestinidade as pessoas que vivem com HIV ou Aids. Ao mesmo tempo, os agentes são convidados a incentivar a organização e apoiar os movimentos que gritam para defender e promover os seus direitos”, contou frei Bernardi.

Campos de atuação

A Pastoral da Aids atua organizada em quatro linhas de ação: formação de agentes, prevenção, acompanhamento às pessoas vivendo e convivendo com HIV e incidência política. “São elas que dão o rosto e a contribuição da Pastoral para o enfrentamento da epidemia no Brasil”, explicou frei Bernardi.

Trabalho em parceria

“Para um problema complexo, dificilmente somente uma instituição é capaz de oferecer todas as respostas”, afirmam os coordenadores. Esta realidade exige um trabalho em rede, “mesmo quando não há concordância total com os demais sujeitos sociais que participam do enfrentamento da epidemia”. A Pastoral realiza parcerias com o Ministério da Saúde, especialmente com o Departameto de DST, Aids e Hepatites Virais; outras organizações governamentais e internacionais; outras Pastorais e organizações não governamentais, como Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV e a Rede de Jovens Vivendo e Convivendo com HIV; e recebe a colaboração de agências católicas internacionais nas atividades.

Gratidão

“Compreendemos que muitas pessoas sejam reticentes a este trabalho e muitas vezes experimentamos fracassos e desilusões. No entanto, temos convicção de que muita gente redescobre o sentido da vida por causa do contato com a Pastoral e seus agentes”, partilharam os membros da coordenação. 
Agradecendo pela possibilidade de “manifestar o rosto misericordioso de Deus e sinalizar o amor incondicional do Pai que nos ama apesar de tudo”, a Pastoral ressalta o acolhimento em pelo menos 170 dioceses do Brasil, com coordenações em 14 regionais da CNBB.
“Agradecemos calorosamente cada bispo, cada padre, cada religioso e religiosa, cada leigo e leiga que aceitou o desafio de enfrentar esse tema e que abriu espaço para que a Igreja se fizesse presente nestes ambientes”, manifestaram.

Diagnóstico precoce

Outro tema abordado nesta comunicação da 54ª Assembleia Geral da CNBB foi a Campanha de Diagnóstico Precoce do vírus HIV, promovida em 2014, numa parceria da Pastoral com a CNBB e o Ministério da Saúde. O tema de trabalho escolhido foi “Cuide bem de você e de todos os que você ama. Faça o teste HIV”. O objetivo, estendido aos bispos durante esta assembleia, é incentivar o diagnóstico precoce do HIV para, assim, contribuir com a otimização do tratamento e evitar novas infecções.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

"Existem 800 mil pessoas vivendo com AIDS no Brasil, precisamos agir", diz Kevin Frost, CEO da amfAR

Ele conta os detalhes da festa que reunirá Ricky Martin, Naomi Campbell e Ivete Sangalo em São Paulo nesta sexta-feira (15) 
Bruno Astuto


 

Nesta sexta-feira (15), todas as atenções se voltam para a casa do empresário Dinho Diniz, em São Paulo, quartel general da 6ª edição do Inspiration Gala da amfAR — Fundação para a Pesquisa da AIDS. Entre as atrações, Ricky Martin, que fará um dueto com Ivete Sangalo, e a top Naomi Campbell. Mas deixando glamour do tapete vermelho que promete de lado, a causa é de extrema importância.  "A instituição beneficiada de 2016 será a Sociedade Viva Cazuza", afirma Kevin Frost, CEO da amfAR, que na reta final de todos os preparativos para o evento, bateu um papo com a coluna:
Como estão os avanços nas pesquisas para encontrar a cura do HIV?
A pesquisa para a cura do HIV tem sido incrivelmente excitante nos dias de hoje. Nós recentemente anunciamos a criação do Instituto amfAR para pesquisa da cura do HIV, que é uma iniciativa colaborativa inovadora, localizada na Universidade da Califórnia, São Francisco. É o principal pilar da estratégia de investimento de US$ 100 milhões na pesquisa da cura, e seu objetivo será desenvolver a base científica da cura para o HIV até o fim de 2020. Desde o lançamento da Contagem Regressiva para a Cura, em 2014, já investimos mais de US$32 milhões de dólares em torno da iniciativa, apoiando mais de 115 cientistas em 44 instituições de pesquisa em todo o mundo. 
É difícil falar na, o vírus mutante. E faltam 4 anos para o fim da contagem regressiva, estipulada para 2020, feita por vocês. Como crer nesse prazo?
Eu me lembro de quase 10 anos atrás, muitas pessoas dentro da comunidade científica de HIV/AIDS pensavam que era impossível encontrar uma cura. Mas houve uma mudança drástica desde então. O ceticismo generalizado foi substituído por um otimismo genuíno em busca da cura entre os pesquisadores. Eu acredito que a cura poderia ter uma série de formas. É possível que ela se pareça mais com o tipo de remissão em longo prazo que estamos acostumados a ver no câncer. O vírus ainda pode estar lá, mas mantido permanentemente num compartimento, como resultado de uma intervenção ou outra, ou uma combinação de terapias que criam remissão. Acreditamos que vamos ter alcançado uma remissão se uma pessoa não é mais infecciosa, não requer tratamento ao longo da vida com a terapia antirretroviral, e não tem vírus detectável durante pelo menos cinco anos. O que precisamos fazer é construir a ciência em torno da cura. Esta é a nossa meta para 2020, e nós sabemos que isso será gradual e evolutivo. Nós já identificamos a principal barreira – os reservatórios, ou bolsos, de vírus que permanecem em uma pessoa, mesmo depois de terem atingido o chamado nível 'indetectável' de HIV como resultado da terapia antirretroviral.
Quais as descobertas científicas apoiadas pela amfAR?
Durante os primeiros anos da epidemia, nós apoiamos um estudo pioneiro da cientista Ruth Ruprecht, de Harvard, sobre a prevenção da transmissão do HIV de mãe para filho, usando antirretrovirais. Agora somos capazes de prevenir a transmissão aos recém-nascidos. Há outro estudo dessa época, que descobriu como o vírus entra na célula. O caso de Timothy Brown, conhecido como o 'Paciente de Berlim', foi a primeira pessoa considerada curada do HIV, após o tratamento na Alemanha, é um exemplo. Ele precisava de um transplante de células-tronco e encontrou um doador. Ele não foi re-infectado e tem estado curado do HIV por anos. Das seis classes de drogas que tratam as pessoas com HIV, quatro delas encontraram seus caminhos através da pesquisa apoiada pela amfAR.
Como você se tornou ativista na luta contra a doença?
Não era algo que eu queria fazer na vida. Eu estudei música e queria ser um cantor de ópera. Eu me mudei para Nova York em 1990, e aqueles eram tempos terríveis. A AIDS estava em toda parte. Pessoas morrendo. Os hospitais estavam superlotados. Alguns deles não atendiam pessoas com AIDS. A epidemia tem sido a maior ameaça à saúde para a comunidade gay - minha comunidade - que já existiu. Eu estava com medo de que eu iria morrer. Eu não podia ficar como um espectador inocente e não fazer nada. Então, eu só fiz o que pude. Eu me tornei um ativista e comecei a trabalhar em um hospital de Nova York, em seu programa de pesquisa sobre a AIDS. Comecei a amfAR há 22 anos, como assistente do diretor de pesquisa. E eu simplesmente fiquei.
Esse medo de morrer de AIDS passou?
Apesar do aumento de novas infecções pelo HIV entre jovens de todo o mundo, muitas vezes as pessoas jovens não se percebem como um grupo de risco para o HIV/AIDS. Isso levou a um declínio no sexo seguro entre eles. Este grupo nasceu após os primeiros casos terem ganhado as manchetes. Muitos adultos jovens no Brasil, Estados Unidos e muitos outros países nunca conheceram um mundo sem AIDS. Mas saber sobre a doença e acreditar que você está pessoalmente em risco são coisas diferentes. E, muitas vezes, os jovens não acreditam que estão em risco.
Os Galas são tão glamourosos para chamar a atenção da mídia? Não seria mais eficiente reunir pesquisadores e médicos do que celebridades e modelos?
Na amfAR fazemos as duas coisas. Nossas reuniões de cientistas e pesquisadores podem não conseguir manchetes nos meios de comunicação, mas eles são importantes para ajudar a conduzir diretamente a pesquisa rumo à cura. Nós também fomos abençoados de ter o apoio de tantos artistas e celebridades assistindo nossos eventos de gala e nos ajudando a ampliar nossa missão de encontrar uma cura para a AIDS. Eu acho que uma das principais razões pelas quais celebridades e muitos outros do mundo do entretenimento têm apoiado a amfAR por tantos anos é por causa do legado que Elizabeth Taylor, uma das co-fundadores da amfAR (in memorian), deixou para trás. Ela foi uma das primeiras celebridades a se manifestar contra a AIDS, o estigma e a discriminação que afetou tantas pessoas que vivem com a doença. Ela entendeu que poderia usar sua fama para algo bom e se tornou uma das vozes mais fortes na luta contra a epidemia. Hoje celebridades têm aprendido com ela e querem usar sua fama no apoio de causas nobres. Felizmente, muitos deles estão seguindo os passos da Dama Elizabeth e estão apoiando a amfAR em nosso esforço para encontrar a cura.
Falando em celebridades, quais as maiores parceiras de vocês?
Temos a sorte de ter uma longa lista de top celebridades que têm apoiado amfAR ao longo dos anos, viajando por todo o mundo e ganhando a atenção da imprensa que vai junto com o seus poderes de estrelas. Isto inclui a nossa presidente de campanha global, Sharon Stone, e outros defensores, incluindo Milla Jovovich, Kate Moss, Heidi Klum, Naomi Campbell, Uma Thurman e Leonardo DiCaprio.
Quanto espera arrecadar no próximo evento?

Nós esperamos que o Inspiration Gala São Paulo seja um sucesso assim como as últimas cinco edições. Nossos grandes apoiadores, como Kate Moss, Naomi Campbell, a família Diniz, Ricky Martin e outras celebridades e patrocinadores vão trazer a mesma quantidade de brilho e energia para o nosso evento, o que irá nos ajudar a arrecadar fundos para as pesquisas do HIV/AIDS. Ao longo dos nossos 30 anos de história, amfAR encarou vários desafios e entendemos que o Brasil está passando por um momento crítico. Mesmo assim, a questão continua sendo um problema de saúde pública no país. Existem quase 800 mil pessoas vivendo com a doença no Brasil e é por isso que precisamos agir.

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Avaliação do Dia Estadual de Combate ao HIV na Fazendinha - Araruama

A Pastoral da Aids da Arquidiocese de Niterói – RJ realizou no dia 7 de abril, DIA ESTADUAL DO DIAGNÓSTICO PRECOCE DO HIV,  grande mobilização para alertar a população que o combate ao vírus do HIV ainda se faz necessário. Para isso, o teste de diagnóstico precoce do vírus foi bastante incentivado.
A Pastoral da Aids da Paróquia São Sebastião de Araruama atuou em parceria com a Secretaria de Saúde do Município de Araruama, que disponibilizou os testes rápidos para o HIV/Aids, com a UNILAGOS (a Universidade disponibilizou a liberação de discentes e docentes do Curso de Enfermagem, o Ônibus  onde foram realizados os testes rápidos) e da AFADA (Assistência Filantrópica à Aids de Araruama). Agradecemos a Secretaria Municipal de Educação de Araruama por ter nos ajudado na alimentação dos envolvidos nos trabalhos locais.
Na Fazendinha, foram realizados 216 testes rápidos num dia de palestras, caminhadas, panfletagem, participação em programa de rádio e celebrações entre as diversas ações realizadas.
No Brasil, foram notificados 39.951 novos casos da doença em 2014, numa redução de 4,4%. No entanto, o crescimento da epidemia entre os jovens ainda preocupa. Entre pessoas com idade de 15 a 24 anos, houve um aumento de 36,5% no número de novos casos de aids nos últimos dez anos. Em 2014, o ministério registrou 4.669 notificações da doença entre os jovens.
Com relação a 2015, o ministério divulgou o número de casos registrados até o fim de junho: 15.181 notificações da aids em todo o país. Destes, cerca de dois mil foram detectados em jovens com idade entre 15 a 24 anos.

Estes dados nos ajudam a ver a importância dos esforços de levar informação e testagem ao realizar esta campanha.
Acompanhe as fotos do DIA ESTADUAL DO DIAGNÓSTICO PRECOCE DO HIV na Fazendinha – Araruama: