segunda-feira, 27 de junho de 2016

A Pastoral da Aids realiza Curso de Formação para novos agentes no Vicariato Região Oceânica

A Pastoral da Aids da Arquidiocese de Niterói realizou no Vicariato Episcopal Região Oceânica, no último dia 25 de junho, o Curso de Formação para Novos Agentes da Pastoral da Aids.
Foi um dia de informação e capacitação sobre tudo a respeito da temática do HIV/aids e da atuação da Pastoral da Aids em nossa Igreja e na sociedade.
O curso aconteceu das 9h às 18h na Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus.
Estiveram presentes fiéis das Paróquias: S. José – Cafubá/Niterói, N. Srª do Amparo – Maricá, N. Srª de Fátima – Itaipuaçu/Maricá e da Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus – Rio do Ouro/São Gonçalo, que sediou o curso.
Foram 17 participantes do Vicariato Oceânico. Somaram-se mais 2 de Iguaba Grande e 1 de Tanguá, totalizando 20 participantes.
Assim foi o dia:
Oração Inicial : Pe. Ricardo Dias, Assessor Eclesiástico da Pastoral da Aids
Acolhida, Objetivo da Capacitação - Ricardo Oliveira de Nascimento, Coord. Arquidiocesano da Pastoral da  Aids
Conhecendo a Pastoral da Aids -  Patricia Narcizo dos Santos, Coordenadora  da Pastoral da  Aids – Paróquia São Pedro Alcântara – Alcântara
A importância da Igreja no trabalho com portadores do vírus HIV/aids - Prof. Élisson de Souza, Coordenador da Pastoral da Aids na Paróquia N. Srª do Amparo de Tanguá.
Dados Epidemiológicos e visão geral do HIV/aids  no Municípios de Niterói - Ricardo Oliveira de Nascimento, Coord. Arquidiocesano da Pastoral da  Aids
Preconceito -  Patrícia Narcizo dos Santos,  Coordenadora  da Pastoral da  Aids – Paróquia São Pedro Alcântara - Alcântara
Mandamentos da Pastoral da Aids  - Prof. Élisson de Souza, Coordenador da Pastoral da Aids na Paróquia N. Srª do Amparo de Tanguá.
Aspectos clínicos do HIV/aids. O que é. Como se manifesta. Como se pega. Meios de prevenção. Ricardo Oliveira de Nascimento, Coordenador da Pastoral da Aids da Arquidiocese de Niterói
Missa –   Pe. Ricardo Dias, Assessor Eclesiástico da Pastoral da Aids.
Agradecemos ao Revmº. Sr Pe Carlos Alberto Mesquita de Andrade administrador da Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus pelo apoio, divulgação e estruturação para o evento - a Pastoral Familiar nos deu mais que uma mão fazendo e servido o almoço e lanches; ao Revmº. Sr Pe Luiz Cássio Moreira, Vigário Episcopal do Vicariato Oceânico, pela oportunidade da realização do Curso da Pastoral da Aids no Vicariato e incentivado para que tivéssemos apóio dos padres, com seus fiéis, para o bom êxito do curso.

Cuidar hoje é construir o futuro. Unidos contra a aids... Envolver, informar e empoderar.

Confira alguns momentos:
























domingo, 26 de junho de 2016

Anticorpo resistente ao HIV é testado em humanos e mostra eficiência

O repórter Ricardo Bonalume Neto, da “Folha de S. Paulo”, entrevistou o pesquisador brasileiro Michel Nussenzweig, imunologista na Universidade Rockefeller, em Nova York,  que está a frente dos estudos com o anticorpo neutralizador, aquele encontrado nas pessoas que resistem ao HIV. Clonado e aplicado em 13 soropositivos que deixaram de tomar os antirretrovirais, o anticorpo mostrou  uma nova luz no caminho rumo à descoberta de um tratamento eficaz e barato para o HIV/aids. Veja a reportagem na íntegra:
'Superanticorpo' impede infecção por HIV em humanos
Uma série de estudos recentes, publicados nas duas mais importantes revistas multidisciplinares de ciência do planeta, a americana "Science" e a britânica "Nature", revelou que potentes anticorpos neutralizadores podem ter um efeito importante no controle do HIV/aids.
Os artigos, culminando com um divulgado nesta quarta (22) pela "Nature", mostraram que os tais anticorpos, retirados de pacientes que têm naturalmente uma resistência maior ao vírus e, então, clonados, protegeram pacientes que deixaram de tomar antirretrovirais e podem mesmo estar engajando o sistema de defesa do organismo a voltar a combater o vírus.
Esse novo estudo revelou dados de um ensaio clínico com 13 pacientes infectados com o HIV-1. Pacientes que receberam quatro tratamentos com o anticorpo neutralizador (conhecido como 3BNC117) em intervalos de duas semanas experimentaram uma média de demora no retorno do vírus de 9,9 semanas, comparados com registros históricos que mostram uma média de 2,6 semanas.
Essa linha de pesquisa poderá reverter no futuro um tratamento e uma forma de prevenção relativamente baratos para a doença, especialmente disseminada em países pobres da África.
"Os testes em modelos animais foram muito encorajadores, mostrando que os anticorpos podiam proteger contra a infecção", disse à “Folha” o pesquisador brasileiro Michel Nussenzweig, imunologista na Universidade Rockefeller, em Nova York.
Nussenzweig é o líder do estudo publicado agora na "Nature". Ele é filho da dupla de parasitologistas Victor e Ruth Nussenzweig, dois renomados médicos e especialistas em malária, que se mudaram para os Estados Unidos por conta de perseguições políticas no Brasil durante o regime ditatorial de 1964.
E por que Michel não seguiu nas pegadas dos pais, pesquisando malária? "É algo mais limitado. O que eu faço é um problema muito grande e interessante", diz o filho de Victor e Ruth.
"Anticorpos têm propriedades adicionais, eles podem engajar o sistema imune em uma forma de imunoterapia – embora não seja uma vacina, é uma proteção semelhante a uma vacina", diz o pesquisador, que preferiu conceder esta entrevista a Ricardo Bonalume Neto por telefone em inglês, justificando sua maior familiaridade com a língua adotada para termos científicos.
Em um estudo anterior, também de autoria do brasileiro, macacos receberam uma injeção de anticorpos que garantiu 23 semanas de proteção.
É esse efeito a longo prazo que Michel Nussenzweig e colegas procuram: obter terapias baratas e que possam ser aplicadas em locais com infraestruturas de saúde pública precárias, notadamente na África. "Esse é o objetivo da Fundação Bill e Melinda Gates, que patrocina esses ensaios", diz o brasileiro, eleito em 2011 para a Academia de Ciências dos EUA.
Clonagem de anticorpos
O vírus HIV é notoriamente letal porque ataca justamente as células de defesa do organismo humano que deveriam impedir a infecção. É um tipo de retrovírus, muito simples geneticamente, mas perigoso especialmente por isso. Ele é capaz de múltiplas mutações e pode ficar dormente dentro de células humanas.
"As drogas antirretrovirais são ótimas e baratas, mas têm efeitos colaterais e não curam a doença", diz o pesquisador brasileiro radicado nos EUA.
Mas uma parte dos pacientes tem atividade ampla de anticorpos contra o vírus HIV; algo já conhecido fazia vários anos. Faltava tentar usar essa descoberta em termos práticos, algo que Nussenzweig e colegas têm aperfeiçoado.
Os superanticorpos são conhecidos pela sigla em inglês bNAbs, de "broadly neutralizing antibodies" ("anticorpos amplamente neutralizadores"). Eles atacam diferentes alvos em uma proteína na superfície do vírus, a gp160, que lembra uma série de pregos ou "espigões" grudados na esfera que constitui o vírus.
O pesquisador brasileiro então desenvolveu um método particularmente eficaz para clonar esses superanticorpos dos pacientes especiais.
O novo estudo é delicado em termos éticos, pois inclui substituir uma terapia que funciona – o coquetel antiviral – por outra ainda em pesquisa. Os participantes foram informados dos riscos, pois pararam com a medicação dois dias depois da primeira injeção de anticorpos.
Um grupo recebeu uma dose inicial do anticorpo 3BNC117 e outra 21 dias depois. Outro grupo, além da dose inicial, recebeu doses semelhantes 14, 28 e 42 dias depois, desde que não houvesse o retorno do vírus. Se houvesse retorno do vírus acima de um limite especificado, a nova terapia seria descontinuada e a antiga restabelecida.
Os resultados mostraram que 30% dos participantes continuaram sem a volta do vírus mesmo quando as concentrações de anticorpos tinham caído muito, e em apenas um caso o vírus emergente parecia ter alguma forma de resistência ao 3BNC117. Como escreveram os autores do estudo na "Nature", isso demonstrou uma "forte pressão seletiva" sobre os vírus emergindo de seus reservatórios.


Fonte: http://agenciaaids.com.br     23/06/2016 - 14h50




sexta-feira, 24 de junho de 2016

Pastoral da Aids de Niterói faz avaliação anual da caminhada

A Pastoral da Aids da Arquidiocese de Niterói, no último dia 23 de junho de 2016, às 9h, esteve presente na Mitra Arquidiocesana de Niterói na reunião dos Coordenadores da Pastoral da Aids do Regional Leste 1 da CNBB com Dom José Francisco Resende Dias, Bispo Referencial da Pastoral da Aids no Regional.
Na ocasião, o Coordenador Arquidiocesano da Pastoral da Aids de Niterói, Ricardo de Oliveira Nascimento, fez a apresentação do relatoria de avaliação anual dos trabalhos desenvolvidos.

Acompanhe.


 AVALIAÇÃO DA CAMINHADA PASTORAL NA ARQUIDIOCESE DE NITERÓI

Coordenador Arquidiocesano: Ricardo Oliveira de Nascimento
Assessor Eclesiástico da Pastoral da AIDS: Padre Ricardo Dias
Olhar a caminhada feita  em  2015 e 2016  

1.   - EQUIPE DE AGENTES
Foi realizados encontros de Formação para novos Agentes nos Vicariatos: Alcântara, Rural, Lagos e Niterói. Nos Vicariatos Oceânico e São Gonçalo estão planejados para serem realizados ainda este ano.

2.    - PREVENÇÃO
Os Agentes de nossa Arquidiocese procuraram incentivar a cultura do cuidado através da divulgação de informações e orientação para a prevenção, o diagnóstico precoce e promoção de atitudes responsáveis em vista da diminuição de novos casos de aids, priorizando as populações-chave, segue um resumo de nossas ações:

·               Os Agentes da Pastoral da Aids, levou informação e Palestras em vários locais, entre eles Colégios, pastorais e movimentos, empresas na campanha da CIPA (Hospital Estadual Roberto Chabo – HERC de Araruama);
·               Campanha da Transmissão Vertical juntamente com as Pastorais da Saúde, da Criança e Pastoral da AIDS, acontecendo no Município de São Gonçalo, em Alcântara.

Em comunhão com a Pastoral da Aids do Regional do Leste 1, foi realizada a Campanha do Diagnóstico Precoce, levando informação através dos meios de comunicações católicos ou não, maior divulgação nas paróquias, onde teve uma grande presença do nosso Assessor Padre Ricardo, que levou, incansavelmente, ao clero a importância do diagnostico precoce. Teve muita divulgação nas celebrações da Santa Missa e nas rádios comunitárias católicas, entrevista e, principalmente, parceria com os Programas DST/AIDS dos Municípios.
Em 2016, tivemos uma grande expansão chegando aos Vicariatos Rural, São Gonçalo, Alcântara e Lagos, onde tivemos as maiores presenças.

- Acompanhamento das pessoas que vivem e convivem com HIV
Temos feito acompanhamento e orientação aos portadores do vírus do HIV, aonde por 12 anos a Pastoral da Paróquia Nossa Senhora da Assunção em Cabo Frio, vem ofertando todas as segundas feiras, para os pacientes que vão realizar a coleta de sangue para Analise de CD4 e Carga Viral, um lanche matinal e uma vez por mês são distribuídos, em parceria com o dispensário da paróquia, uma cesta básica seguida de orientação espiritual para os presentes.

3.   - INCIDÊNCIAS POLÍTICA
A pastoral tem uma presença muito importante neste conceito, onde nossa Coordenadora da Paróquia São Pedro de Alcântara, Patrícia Narcizo dos Santos, tem lutado incansavelmente com a ONG CAAIDS para melhor assistência e tratamento para os Pacientes dos Municípios de São Gonçalo e Alcântara. Parceria esta que resultou na Abertura de uma unidade Hospitalar com leitos próprios para esta demanda. Tudo com o apoio do Ministério Público, Pastoral da AIDS e CAAIDS, entre outras ações que trousse melhoria e benefício para os portadores do vírus do HIV.

4.  - ESPIRITUALIDADE;
Nossa Arquidiocese participou das atividades em nível Regional, onde os agentes participaram dos Encontros anuais de Formação de agentes, Reunião anual dos coordenadores, Seminário Nacional de Prevenção, Seminário de Incidência Política, com o apoio financeiro de nossa Arquidiocese, sem este apoio nossos agentes não poderiam se fazer  presente.

5.  -  VIGÍLIA PELOS MORTOS DE AIDS

Foi realizado com muito êxito em varias paróquias, tendo este ano uma presença muito mais atuante, onde Padre Ricardo fez o trabalho de orientação e divulgação com o clero. Feito a distribuição de vários panfletos e divulgado nos meios de comunicação locais.

6.  -  CAMPANHA DO DIA 1º DE DEZEMBRO

Em parceria com os programas DST/AIDS dos Municípios onde a Pastoral esta presente, foi realizado Teste Rápido, palestras e distribuição de panfletos, entrevista nos meios de comunicação escrita e visual,  tendo seu termino com as celebrações Eucarísticas.

7.  -  USO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO LOCAL E ARQUIDIOCESANO:
A Pastoral tem um programa de Rádio próprio (Programa Momento da Saúde, Família e Espiritualidade -  Programa da Pastoral da AIDS) onde é transmitido pela Rádio Ave Maria (Comunitária e Web Radio) da Paróquia Nossa Senhora da Assunção em Cabo Frio e na Rádio de Petrópolis (Web Rádio SOS Vida) com apoio do seu sócio-presidente António Carlos de Souza Pires - Cal. O Programa e conduzido pelo Coordenador Arquidiocesano  Ricardo e sua esposa Regina.

8.  -  VISITA HOSPITALAR:
A Pastoral tem uma missão muito importante no Hospital Ary Parreira em Niterói, onde é realizado 01 missa mensal para os profissionais e enfermos, infelizmente decorrente dos problemas administrativos do hospital esta atividade está parada, devendo retornar assim que tais problemas forem sanados.

9.  -  ORGANIZAÇÃO DE ESPAÇO DE ACOLHIDA PARA PESSOAS COM HIV:
Deixamos aqui nossos agradecimentos ao nosso amado Arcebispo, Dom José Francisco Resende Dias pelo empenho, apoio e reforma do Centro das Pastorais Sociais, neste local ficará a Sede da Pastoral da AIDS, que fica no Coração de Niterói. A Pastoral terá como ações, acolhida, orientação e oferta dos testes rápidos de HIV, entre outros. O Padre Ricardo sempre presente e acompanhando de perto este sonho que esta tornando uma realidade.

10.                 -  PLANEJAMENTO FINANCEIRO.
Graças ao nosso arcebispo e sua benção, hoje a Pastoral esta bem melhor estruturada, foi apresentado o nosso planejamento financeiro para o ano de 2016, no qual teve sua aprovação.  Com a ajuda da arquidiocese realizamos nossas capacitações, compra de passagens para os agentes irem aos eventos da Pastoral Nacional e Regional entre outras ações feitas este ano.

11.                 - PROJETO DE PREVENÇÃO NOS PRESÍDIOS:
Nosso Projeto foi aprovado pela CNBB, onde teve recurso do fundo da Fraternidade, para compra dos equipamentos, materiais gráficos e informativos. Estamos somente aguardando as autorizações governamentais para se iniciar de fato. A Pastoral esta fazendo um trabalho muito importante para esta população, contamos com vossas orações.


Enfim, ao Padre Ricardo muito obrigado pelo apoio, carinho e empenho que o senhor tem tido dentro da Pastoral da AIDS. Com sua chegada, sem dúvida, a Pastoral da AIDS é outra. Nos deu mais força e esperança de dias melhores. Gostaríamos que o senhor estivesse mais próximo da nossa Arquidiocese.
Ao Dom José Francisco agradeço pela confiança que me deste desde vossa chegada na Arquidiocese de Niterói, sempre me escutando com muita simplicidade. Este é o bom pastor, sempre acolhendo suas ovelhas. Estamos passando a Coordenação em outubro com o coração feliz pelo dever cumprido nestes 12 anos na Coordenação Arquidiocesana. Obrigado e vossa Bênção.

 Local: Niterói, 23 de junho de 2016.
Assina Ricardo Oliveira de Nascimento – Coordenador Arquidiocesano da Pastoral da Aids.


Acompanhe outros momentos: 














terça-feira, 21 de junho de 2016

TV Aparecida e Portal A12 divulgam a Vigília pelos Mortos de Aids de 2016



No terceiro domingo de maio (15), a Pastoral da Aids promove a ‘Vigília Internacional Pelos Mortos de Aids’. Com a proposta ‘Unidos contra a Aids: envolver, informar e empoderar’ a atividade de caráter internacional realiza ações em memória das pessoas que morreram com a síndrome. Saiba mais sobre essa iniciativa com o Bispo Referencial para a Pastoral da Aids, Dom Eugênio Rixen e o Secretário Executivo da Pastoral, Frei José Bernardi. 
Assista:

Pastoral da Aids no Brasil beneficiou nos últimos 3 anos quase 4 milhões de pessoas

Por Elisangela Cavalheiro , 01 de Dezembro de 2013 às 12h11. Atualizada em 03 de Dezembro de 2013 às 10h46 no site da A12Notícias.


A Pastoral da Aids é um serviço da Igreja Católica que está presente em todas as dioceses brasileiras. Atuando na área de prevenção, no acompanhamento de soropositivos e na reinserção social dessas pessoas, a Pastoral da Aids beneficiou apenas nos últimos três anos, mais de 3 milhões e 800 mil brasileiros.
Aids no Brasil
De acordo com o último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, desde o início da epidemia, em 1980, até junho de 2012, o Brasil tem 656.701 casos registrados de Aids. Em média, são registrados cerca de 36 mil novos casos por ano, e mais de 11 mil morrem anualmente.
Para falar sobre o trabalho desenvolvido pela Pastoral da Aids no Brasil o A12.com convidou Antonio Carlos de Souza Pires, conhecido como Cal, que é formado em psicologia e foi um dos sócio-fundadores da Pastoral da Aids no Brasil. Atualmente, ele é membro da REDLACVO+, a Rede Latino Americana e Caribenha de Ações Voluntárias no combate ao HIV/AIDS, membro da Pastoral da Aids no Regional Leste 1, e presidente do grupo assistencial SOS Vida, referência no trabalho junto a soropositivos e seus familiares em Petrópolis (RJ). Com ele, colaborou nas respostas a coordenadora da Pastoral da Aids no Regional Leste 1, Ana Carolina Souza.
Veja a entrevista: 
A12 - A Pastoral da AIDS enfrenta preconceito ou indiferença em sua atuação pastoral?
Antonio Carlos de Souza Pires e Ana Carolina Souza - Sim, ela enfrenta preconceito. Este tema ainda é tabu para muitos seguimentos da nossa sociedade, mas estamos conseguindo avançar graças ao apoio dentro da nossa Igreja e também pessoas desta mesma sociedade. Já estamos presente em todas as dioceses e arquidioceses do nosso país.
A12 - Qual o maior desafio para o enfrentamento da doença em nosso país?
Antonio Carlos de Souza Pires e Ana Carolina Souza - A discriminação e desmistificação do HIV, sem banalizar. Percebemos esta tendência em nossa sociedade, por ser considerada atualmente uma doença crônica, algumas pessoas pensam “não precisamos nos preocupar mais com o portador (a) do vírus HIV/AIDS é mais uma doença”. Com essa postura, querem retirar algumas conquistas da sociedade para esta população. Precisamos estar muito atentos para que não se perca todo um trabalho ao longo de 30 anos do movimento de luta contra AIDS.
Os portadores do vírus HIV também tem auto preconceito em relação a doença devido ao medo da discriminação por parte da sociedade.
A12 - A partir de sua experiência no trabalho pastoral, como o senhor analisa a questão do estigma associado à AIDS em nossa sociedade?
Antonio Carlos de Souza Pires e Ana Carolina Souza - Ainda é um pensamento de uma grande parte da sociedade sobre a maioria das infecções serem [transmitidas] através do sexo e a associação no princípio da pandemia a grupos de risco, ao longo do tempo percebeu-se que não existe grupo de risco, e sim COMPORTAMENTO DE RISCO. Este estigma provoca sofrimentos em muitos infectados levando alguns a atitudes extremas, como tirar a própria vida.
Nós enquanto pastoral tentamos mudar este pensamento e trabalhamos com uma das propostas, MUDANÇA DE COMPORTAMENTO por parte dos infectados e que a sociedade os veja como irmãos e irmãs que estão passando por um momento de dificuldades em suas vidas e é possível acolhê-los e dar amor e carinho, seguindo os ensinamentos de Cristo: SIMPLESMENTE AMAR COMO NOSSOS IRMÃOS E IRMÃS.
Capacitamos os nossos agentes nesta direção: oferecer carinho, amor e compreensão a quem nos procura. Trabalhamos também na incidência política, pois entendemos que esta é uma das formas de se garantir direitos e oferecer dignidade às pessoas, exercer controle social é muito importante e entendemos ser necessário. Outra linha de atuação nossa é incentivar o teste anti-HIV. Quanto mais precocemente a pessoa souber sua sorologia, poderá iniciar o tratamento e o autocuidado evitando novas infecções.
A12 - Qual a mensagem que o senhor gostaria de passar nesse dia 1º de Dezembro, Dia Mundial de Luta contra a Aids?
Antonio Carlos de Souza Pires e Ana Carolina Souza - Que a Aids seja encarada como uma doença incurável sim, que pode ser evitada, mas que também deve ser encarada como uma doença que necessita de tratamento de uso contínuo. E que os soropositivos sejam aceitos pela sociedade sem discriminação nem preconceito, pois o que eles mais necessitam é de amor e compreensão e não de exclusão.
Não banalizar a Aids. Não podemos permitir a retirada de conquistas que só foram conseguidas com muitas vidas perdidas. Esperamos que as autoridades repensem suas posturas e continuem a fortalecer o movimento nacional de luta contra aids em que estamos inseridos.

Fonte: 



Atuação da Igreja na luta contra a Aids


A Pastoral da Aids é um serviço da Igreja Católica que está presente em todas as dioceses brasileiras. Atuando na área de prevenção, na formação de agentes, no acompanhamento de pessoas que vivem e convivem com HIV e Aids e na implementação de políticas públicas no campo da saúde, a Pastoral da Aids já beneficiou quase 4 milhões de brasileiros.

Na semana que antecede a Vigília pelos Mortos de Aids, o A12.com traz uma entrevista especial com o Bispo Referencial para a Pastoral da Aids, Dom Eugênio Rixen e o Secretário Executivo da Pastoral, Frei José Bernardi, para esclarecer como é realizado o trabalho dessa pastoral e outras realidades relacionadas com sua missão. Confira a entrevista.


Site oficial: http://www.a12.com

quinta-feira, 9 de junho de 2016

ONU aprova declaração política com meta de acabar com a aids até 2030


Com o objetivo de acabar com a aids no mundo até 2030, ministros, funcionários governamentais e representantes de organizações internacionais da área de saúde reunidos nesta quarta-feira (8), na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, aprovaram uma declaração política sobre ações para enfrentar a doença.
O documento, elaborado na Reunião de Alto Nível da ONU sobre o fim da aids, define um conjunto de metas específicas que devem ser atingidas até 2020 para acabar com a epidemia na década seguinte. Estabelece também a meta de reduzir as mortes relacionadas à aids para menos de 500 mil em todo o planeta até 2020 e eliminar, também nesse período, a imagem negativa e a discriminação contra pessoas que vivem com o HIV.
“As decisões tomadas aqui, incluindo o compromisso de zero novas infecções por HIV, zero mortes relacionadas à aids e zero discriminação, vão proporcionar o ponto de partida para a implementação de uma agenda inovadora, baseada em evidências e socialmente justa que alcançará o fim da epidemia de aids até 2030”, disse o diretor executivo do Unaids (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids), Michel Sidibé.
O fim da epidemia de aids é uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, adotados pelos Estados integrantes da ONU no ano passado. Segundo a diretora do Unaids no Brasil, Georgiana Braga-Orillard, todos os povos do mundo devem se unir para que a meta seja alcançada, principalmente os jovens.
“Vivemos hoje um momento histórico em que realmente o mundo pode vislumbrar o fim da epidemia”, disse Georgiana em declaração à Rádio ONU, ao comentar a aprovação do documento.
O presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, Mogens Lykketofr, disse que a reunião estabeleceu as bases para um “progresso futuro na criação de resultados mais saudáveis para todos os afetados pelo HIV e na construção de sociedades mais fortes e preparadas para desafios futuros” relacionados à aids. 

Crianças

A declaração prevê que o compromisso dos países para eliminar novas infecções por HIV deve englobar as crianças. Nesse aspecto, a meta é “eliminar novas infecções por HIV entre as crianças em 95% em todas as regiões até 2020”, diz o documento.
O texto observa que 2 mil novas infecções – um terço de todas as novas infecções – ocorrem todos os dias entre os jovens, “mas apenas 28% das mulheres jovens têm conhecimento apurado sobre o HIV”.
Os líderes mundiais se comprometeram, no documento, a apoiar e permitir que os jovens desempenhem um papel fundamental na condução da resposta ao promover a plena realização de seu direito à saúde e educação abrangente sobre a saúde sexual e reprodutiva e prevenção do HIV. A declaração política também reconhece a importância do acesso universal à saúde sexual e reprodutiva e aos direitos reprodutivos.
Os líderes afirmam na declaração que, para ter êxito, é preciso que as autoridades saibam identificar o modo de enfrentar o imenso peso da epidemia sobre as mulheres, especialmente as mulheres jovens, adolescentes e jovens na África subsaariana.

Saúde pública

Ao comentar os desafios dos próximos cinco anos para o combate à aids no mundo, Sidibé disse que “o mundo tem a oportunidade de acabar com uma epidemia que definiu a saúde pública de uma geração”.
O diretor da Unaids destacou avanços na resposta ao HIV desde a última reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre HIV e Aids, em 2011, e lembrou que, em dezembro de 2015, 17 milhões de pessoas tinham acesso a medicamentos antirretrovirais. No mesmo ano, os números de novas infecções pelo HIV entre crianças e de mortes relacionadas à aids foram significativamente reduzidos. Também houve progresso na redução de mortes por tuberculose entre pessoas vivendo com HIV.
A Reunião de Alto Nível da ONU sobre o fim da aids prossegue até sexta-feira (10), em Nova York, com ampla programação com especialistas e autoridades governamentais sobre o assunto.


Moção de Aplausos à Dra. Janete Rangel pelo Dia Estadual do Diagnóstico Precoce do HIV em Araruama.

Na Sessão do dia 13 de abril de 2016 a Câmara Municipal de Araruama/RJ homenageou, com Moção de Aplausos, a Dra. Janete de Souza Rangel, Coordenadora do PROGRAMA DST/AIDS/HEPATITES VIRAIS do Município de Araruama, pela sua efetiva e importante participação no evento de mobilização pelo Dia Estadual do Diagnóstico Precoce do HIV.
Na justificativa da Moção, fez-se menção da união no trabalho realizado no município para se alcançar os objetivos e o êxito na campanha.
A Pastoral da Aids de Araruama, que na época ainda estava se formando, esteve unida neste trabalho e testemunhou a dedicação, o profissionalismo e o trabalho em parceria da Coordenadora Dra. Janete no cumprimento de várias ações integradas de prevenção, controle e enfrentamento da AIDS realizadas por ocasião do DIA ESTADUAL DO DIAGNÓSTICO PRECOCE DO HIV (7 de abril de 2016).
Assim, a Pastoral da Aids também se junta nas homenagens clamando ao Bom Deus que abençoe a Dra. Janete de Souza Rangel pela sua generosidade, profissionalismo e dedicação, tornando ainda mais pública a Moção de Aplausos e compartilhando esta conquista. 
Que possamos estar juntos em outros eventos com o mesmo ou maior sucesso.