Fonte: WWW.CNBB.ORG.BR.PASTORAL DA AIDS/54AG DA CNBB,
O bispo da diocese de Goiás (GO), dom
Eugênio Rixen, apresentou o trabalho da Pastoral da Aids, da qual é
referencial, aos participantes da 54ª Assembleia Geral da Conferência
Nacional da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que
aconteceu entre os dias 06 e 15 de abril, em Aparecida (SP). O assessor
nacional, frei Luiz Carlos Lunardi, e o secretário executivo da
Pastoral, frei José Bernardi, explicaram como se dá a “presença da
Igreja no enfrentamento da epidemia”, por meio da atuação da Pastoral.
Na ocasião, foi lembrada a menção à
Pastoral da Aids no Documento de Aparecida, publicado pelo Conselho
Episcopal Latino-Americano, após o encontro de 2007. A indicação de
fomento do serviço pastoral às pessoas com HIV/Aids “confirmou o
trabalho que a Pastoral vinha desenvolvendo desde 2002”.
Durante a exposição, houve a recordação
do trabalho. A “caminhada pastoral” remete ao início da epidemia da
doença na década de 1980, época em que a Igreja já estava presente na
vida das pessoas que foram infectadas.
Falaram da articulação com a CNBB e as
Pastorais Sociais, com o estabelecimento de uma “comissão técnico
científica” dentro da Pastoral da Saúde que tratou do tema. Neste
período, houve a indicação de dom Eugênio Rixen para o acompanhamento da
Pastoral, que foi criada em fevereiro de 2002.
A espiritualidade do serviço da Pastoral
da Aids, de acordo com a coordenação nacional, está baseada nas
passagens da parábola do bom samaritano e da cura do cego Bartimeu. “A
Pastoral da Aids procura combater as forças que sufocam, escondem,
deixam na clandestinidade as pessoas que vivem com HIV ou Aids. Ao mesmo
tempo, os agentes são convidados a incentivar a organização e apoiar os
movimentos que gritam para defender e promover os seus direitos”,
contou frei Bernardi.
Campos de atuação
A Pastoral da Aids atua organizada em
quatro linhas de ação: formação de agentes, prevenção, acompanhamento às
pessoas vivendo e convivendo com HIV e incidência política. “São elas
que dão o rosto e a contribuição da Pastoral para o enfrentamento da
epidemia no Brasil”, explicou frei Bernardi.
Trabalho em parceria
“Para um problema complexo, dificilmente
somente uma instituição é capaz de oferecer todas as respostas”,
afirmam os coordenadores. Esta realidade exige um trabalho em rede,
“mesmo quando não há concordância total com os demais sujeitos sociais
que participam do enfrentamento da epidemia”. A Pastoral realiza
parcerias com o Ministério da Saúde, especialmente com o Departameto de
DST, Aids e Hepatites Virais; outras organizações governamentais e
internacionais; outras Pastorais e organizações não governamentais, como
Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV e a Rede de Jovens Vivendo e
Convivendo com HIV; e recebe a colaboração de agências católicas
internacionais nas atividades.
Gratidão
“Compreendemos que muitas pessoas sejam
reticentes a este trabalho e muitas vezes experimentamos fracassos e
desilusões. No entanto, temos convicção de que muita gente redescobre o
sentido da vida por causa do contato com a Pastoral e seus agentes”,
partilharam os membros da coordenação.
Agradecendo pela possibilidade de
“manifestar o rosto misericordioso de Deus e sinalizar o amor
incondicional do Pai que nos ama apesar de tudo”, a Pastoral ressalta o
acolhimento em pelo menos 170 dioceses do Brasil, com coordenações em 14
regionais da CNBB.
“Agradecemos calorosamente cada bispo,
cada padre, cada religioso e religiosa, cada leigo e leiga que aceitou o
desafio de enfrentar esse tema e que abriu espaço para que a Igreja se
fizesse presente nestes ambientes”, manifestaram.
Diagnóstico precoce
Outro tema abordado nesta comunicação da
54ª Assembleia Geral da CNBB foi a Campanha de Diagnóstico Precoce do
vírus HIV, promovida em 2014, numa parceria da Pastoral com a CNBB e o
Ministério da Saúde. O tema de trabalho escolhido foi “Cuide bem de você
e de todos os que você ama. Faça o teste HIV”. O objetivo, estendido
aos bispos durante esta assembleia, é incentivar o diagnóstico precoce
do HIV para, assim, contribuir com a otimização do tratamento e evitar
novas infecções.
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